terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Natal Encantado!

Minha casa esta vazia porque estive todo este tempo viajando.

Natal com a família, Ano Novo na Praia...Mas antes de partir adivinhem quem bateu a minha porta?

Aqui vão algumas dicas:

Chegou de barba bem branca e longa, botas pretas, uma longa capa nas costas e sobre o ombro um saco de tecido.

Quando me viu à porta soltou um sorriso. Aquele sorriso paternal, carinhoso que só ele sabe dar, as bochechas vermelhas elevaram-se.

Bateu os pés no tapete para retirar a neve das botas e subindo na varanda, descalçou os pés. Entrou assim mesmo. Pequenos flocos de neve ainda se encontravam sobre o seu casaco.

Assim que entrou, minha casa se encheu de magia, a árvore de Natal ainda estava montada. Sorriu novamente, com ar de satisfação, ao vê-la!

A lareira estava acesa. Sentou próximo ao fogo, e foi logo falando:

- Há, como é bom estar aqui... Estava precisando descongelar os ossos! (gargalhando)
- Estive no Pólo Norte - como já sabe - uma longa e fria viajem.
 (Enquanto ele falava, eu fazia um chá - cardamômo, canela e erva doce, levemente adoçados com mel).
- Encontrei os Duendes numa animação só, fabricando mil e oito presentes!  Mandaram-lhe lembranças!
 (Olhei para ele sorrindo e lhe entreguei a caneca de chá).

- As Henas estavam prontas ao trenó. Lindas! Cintilantes! Você tinha que tê-las visto! O saco de presentes à postos, as constelações em perfeito alinhamento!
-  Então posicionei-me e iniciei a magia...Derramei o pó mágico num sopro e o céu iluminou-se em uma luz dourada, divina! Há! Que lindo!

- Nunca me canso desses momentos! São tão encantadores quanto o primeiro. Depois tomei meu cajado e girando-o no ar três vezes, com os olhos fechados, a magia foi feita!

- Lá se foram todos!

- Nosso amigo já estava lá no alto, voando, quando abri os olhos. Só deu tempo de acenar e ouvir sua tão conhecida e milagrosa gargalhada.

- Desta vez nem tive tempo de conversar com ele. (balançando a cabeça negativamente e levou a caneca de chá a boca)

Eu coloquei minha mão em seu ombro e sentei ao seu lado, olhando fixamente na imensidão azul de seus olhos, num gesto de acolhimento e afeto.

- É impressão minha, cara amiga, ou o tempo esta ficando mais curto? disse ele novamente. (silêncio no ar para um gole de chá) Já não consigo fazer as coisas como antes. (silêncio novamente)

 (após alguns instantes)

- Há! A propósito! Tenho algo para você. (entregando-me uma caixa com um laço)

- Que será que é?(falei eu abrindo a caixa ansiosa ansiosa)

- Nossa! Que linda! Era bem o que eu queria! Como ele sempre adivinha?!

- Magia, querida, magia... (respondeu ele sorrindo ao tomar mais um gole de chá).


 - Bom, missão cumprida! Mais um lindo Natal garantido. Agora posso me entregar ao merecido descanso.

 - Falando nisso a viajem foi longa, acho que estou precisando dormir um pouco, se não se importa.

- De forma alguma! (respondi prontamente)


Ofereci-lhe o quarto de hóspedes que mais aprecio, todo decorado em branco. Cama fofa, com travesseiros e edredons macios. Um verdadeiro ninho para viajantes.

Apagaram-se as luzes... Sono de anjos...

Ao amanhecer pulei da cama rapidamente, corri até seu quarto, mas... Já tinha ido...


Deixou-me um bilhete com uma rosa cor-de-rosa (minha cor favorita).

" Querida,

Sou-lhe grato mais uma vez pelo maravilhoso e acolhedor momento. Como sempre regenerador.
Grato por me receber com tanto carinho.


 Amorosamente,

Mago Merlin"


He, he, he aposto que pensou ser Papai-Noel.

Feliz Natal Encantado!